Rui Montese, músico brasileiro, poeta e compositor, vem cada vez mais conquistando o público nas suas apresentações. Traz na sua bagagem todo um contexto cultural com shows e apresentações em muitos espaços de Belo Horizonte e outras cidades de Minas Gerais. O seu estilo MPB tem variações para o erudito e para a música de raiz, com visão aguçada para o que é real e sensível. Promete, agora que está podendo dedicar-se integralmente a sua arte, alavancar sua carreira. Atentem para a qualidade de suas composições. Rui corre contra o tempo devido a idade que alcançou, mas sem atropelos. Faz parte da sua bagagem também o que realizou como professor, engenheiro e analista de sistemas. Na arte é o resgate de muitos anos de trabalho e de criação. O hábito de estudar lhe dá uma grande perspectiva. Está encontrando o seu caminho montando seu próprio Estúdio com o objetivo de fazer suas próprias produções de áudio e de vídeo e assim buscar formas de divulgar seu trabalho. Consequentemente os shows acontecerão, do Brasil para o Mundo.
Adaptação do samba-enredo, feito em 1984 para a Escola de Samba Canto da Alvorada de Belo Horizonte – MG, para os momentos atuais. Compositor: Rui Montese Gravação e edição: Estúdio LMRM.
*Pesadelo – Joyce* ( 1977 ), música de Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro.. Música brasileira ..*Musica com poesia de Resistencia contra a Ditadura Militar no Brasil..*
Moacir Silveira: Para aqueles que vivenciaram os anos de chumbo da ditadura militar esta é mais uma grande música que marcou época. “Viva Zapátria” foi composta por Sirlan Antônio de Jesus, com letra de Murilo Antunes. Esta canção foi incluída no LP “Profissão de Fé” (1979, Gravadora Continental), que contou com a participação de Flavio Venturini nos teclados e Beto Guedes no baixo, além dos músicos Crispim Del Castia, Robertinho Silva, Jamil Joanes, Toninho Horta, Helvius Vilela, Wagner Tiso, Mauro Senise, MPB-4 e Mauricio Einhorn. Sirlan e Murilo defenderam “Viva Zapátria” pela primeira vez no VII FIC, Festival Internacional da Canção, da Rede Globo, em 1972, que foi lançada pouco depois em um compacto pela Som Livre. Dias antes da apresentação, a dupla havia sido “convidada” a explicar perante à Censura Federal, a razão daquele título, mas acabou convencendo os censores de que a inspiração havia sido um filme realizado em 1952, que possuía o nome “Viva Zapata”. Considerado uma das grandes revelações do festival, Sirlan obteve para a canção, apenas uma menção honrosa. Lembro-me bem de Sirlan, pois fomos colegas de trabalho, nos anos 60/70, na saudosa TV Itacolomi de Belo Horizonte, empresa dos Diários Associados. Naquela época era comum vê-lo a dedilhar seu inseparável violão e a cantarolar esta e outras belas composições de sua lavra. Graças a ele fiquei sabendo do famoso “Clube da Esquina”, do bairro Santa Tereza, em BH, de onde surgiram uma verdadeira geração de novos talentos como os irmãos Borges (Marilton, Márcio e Lô), Milton Nascimento, Fernando Brant, Wagner Tiso, Tavinho Moura, Toinho Horta, Beto Guedes, Flavio Venturini, dentre outros. A letra desta canção pode parecer simples, mas cada frase é carregada de significados e sua mensagem de esperança e liberdade era um alento aos que viveram este período bicudo de nossa história. Vale lembrar que a carreira promissora do cantor e compositor Sirlan foi arruinada, por conta dessas perseguições por parte da censura. Após lançar o seu primeiro LP, que teve por título “Profissão de Fé”, Sirlan abandonou sua promissora carreira e, segundo soube, vive hoje da produção de gingles publicitários. E no momento em que um grande clamor popular toma conta do povo brasileiro, que ocupa as ruas do país em busca de seus mais básicos direitos, nada melhor do que rever e ouvir esta bela e atualíssima canção.
“Diante da Basílica dos Sacramentinos, em Santiago, executou o clássico “El Pueblo Unido Jamás Será Vencido”, uma canção de Sergio Ortega e do grupo Quilampayún, em 1973, em pleno governo Allende, que se tornaria, por toda a América Latina, o coro de geração após geração em atos de protesto.”